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Notícias do CEBRAC

Reeducação Alimentar

Por NATHÁLIA ANTONIO.



O tema a ser abordado, no blog de hoje, interessa a todos. É combustível para o nosso corpo, uma das necessidades básicas do ser humano, mas que, com o passar do tempo, foi se transformando em entretenimento para muitos, e até mesmo, em válvula de escape para os ansiosos: a comida.

Reune familiares ao redor da mesa, junta amigos em ocasiões descontraídas, cria momentos únicos para casais apaixonados (nos seus jantares românticos): a comida é super importante no nosso dia a dia, e disso todos já sabem. Entretanto, as pessoas estão cada vez mais ingerindo qualquer besteira que tenha um sabor que as agrade, e isso está nos causando grandes problemas, como obesidade e diabetes. Doenças que antes eram encontradas somente em adultos, hoje abrangem também crianças.

São muitos os vilões da boa alimentação: cadeias de “fast-food” ao redor do mundo, sucos artificiais, biscoitos recheados, muitos condimentos e gorduras saturadas. A pergunta que não quer calar é: como posso me alimentar de forma saudável?

Para responder esta questão tão ampla, a nutricionista Renata Vidonscky Lüthold bateu um papo super interessante conosco, e nos apontou o caminho da alimentação saudável.

Entrevista

Minha primeira pergunta foi: - Como manter o equilíbrio calórico na dieta do dia a dia?

"A maior dica é comer devagar e com atenção, tendo a percepção naquilo que está consumindo. O nosso cérebro demora cerca de 20 minutos para entender que o nosso estômago está cheio, assim, comer devagar ajuda a evitar exageros.

Antes de ingerir algum alimento é necessário refletir se realmente trata-se de fome, tédio, ou sede. Muitos esquecem de beber água durante o dia, e os sintomas tanto da fome, quanto da sede são parecidos. Às vezes, um copo d’água irá resolver o problema.”

"As outras dicas são: elaborar um prato colorido, incluindo todos os grupos alimentares; beber água! A recomendação é de pelo menos 35mL por quilo de peso; comer no mínimo 5 porções de frutas, verduras e hortaliças por dia; preferir alimentos da estação – normalmente eles possuem menos agrotóxicos; inserir na dieta os pró - e prébioticos (Chucrut, Kefir, iogurte, aspargo, banana, aveia...); descascar mais e desembalar menos – prefira sempre comida in natura ou minimamente processada. Mastigar bem a refeição e optar pelos mantimentos integrais, eles têm mais fibras e nutrientes; movimente-se! Escolha um exercício que você goste e exercite-se."

E logo em seguida indaguei: Qual é a sua opinião sobre o famoso “dia do lixo”? É correto ou não?

“Para começar, eu detesto este termo (risos)! Primeira coisa que me incomoda é o fato que, esta comida que chamam de lixo, poderia saciar a fome de muitos. Outro ponto que eu discordo: Se você está com vontade de comer um chocolate hoje, por que esperar para saborear a iguaria? Esta restrição faz com que a pessoa, no dia do “tudo liberado”, coma muito mais do que era da sua vontade, pois ela sabe que só terá tal possibilidade na próxima semana.”

“Alguns se empolgam tanto no dia do lixo, que ingerem praticamente todas as calorias da semana!”

Também perguntei sobre o que é a reeducação alimentar, e Renata respondeu:

“Quando se fala em reeducação alimentar a primeira coisa que vem à cabeça de muita gente é a necessidade de restrição de algum alimento ou grupo alimentar, mas não funciona assim. Comer bem, não é sinônimo de comer menos, viver de salada ou proibir determinados alimentos na dieta. Reeducação alimentar é entender melhor nossas escolhas e respeitar as necessidades do nosso corpo. Equilíbrio e moderação são as palavras chaves!”

E continuou:

“O que diferencia a reeducação da dieta é que na reeducação a pessoa aprende e leva para a vida inteira, já nas dietas, normalmente, o indivíduo não dá seguimento, não têm durabilidade por conta das severas proibições.”

Prosseguindo com o nosso papo, Renata esclareceu algo inusitado quanto ao paladar do bebê. Ela disse que o mesmo vai sendo constituído dentro do útero da mãe. Ou seja, conforme o bebê vai se desenvolvendo em todos os aspectos, seu paladar também vai sendo formado de acordo com os pratos que a mãe nutri seu corpo. Atenção gestantes, já estimule seu filho na vida saudável desde o ventre!!!

Tendo recebido essa informação, questionei sobre o que pode ou não ser ingerido por uma gestante. E a nossa entrevistada respondeu:

“Se for uma gestante sem restrições médicas, essa pode degustar praticamente tudo! O que fica sempre restrito são os peixes e carnes cruas, queijos não pasteurizados, bebidas alcoólicas, e chás que estão na lista da Anvisa. Café também não é recomendável, até mesmo para lactantes, pois pode causar agitação e irritabilidade no bebê, prejudicando o sono do mesmo. Fique de olho e procure sempre orientação médica!”

Quanto às lactantes, muitas acreditam que existe alguma alimentação que ajude na produção de leite, entretanto, isto é um mito. O que foi esclarecido pela entrevistada é que a livre demanda ajuda na amamentação. Sendo assim, colocar o bebê no peito estimula a produção de leite materno.

Caminhando para o entendimento da nutrição feminina, solicitei o esclarecimento sobre quais alimentos seriam adequados durante a menopausa, e a resposta foi clara - soja! Alimentos ricos em estrogênio são excelentes para esse momento da vida da mulher, e a soja é um dos mais concentrados de todos. Aliás, por esta mesma razão, não é interessante que homens e mulheres (mais jovens), consumam no dia a dia ou em exagero. Existem relatos de meninas que menstruaram cedo e meninos que desenvolveram seios, por terem consumido de forma excessiva leite de soja. Entende-se então, que é durante a menopausa o melhor período para consumi-la regularmente e em maiores porções.

Para finalizar a conversa, pedi orientação para elaborar um cardápio. A nutricionista ressaltou a importância da organização do menu de cada dia, explicou que além de comprar alimentos variados pertencentes aos diferentes grupos alimentícios, deve-se reservar um dia para cozinhar a comida da semana, e congelar o que for remanescente. E como forma de incentivo aos que querem dar esse ponta pé inicial, Renata escolheu duas receitas deliciosas para serem apreciadas por todas as faixas etárias. Bom apetite e até a próxima!!!

Receita 1

Bolinhos de abobrinha

INGREDIENTES

250 g de abobrinha ralada (150g -(3/4 de xícara) espremida e seca)

70 g (1/2 xícara) de queijo ralado (mussarela, cheddar, o que preferir)

2 ovos

4 colheres de sopa de farinha de aveia

1/2 colher de chá de tempero italiano

Modo de fazer

Pré-aqueça o forno a 180ºC

Coloque a abobrinha ralada em um pano limpo e esprema o líquido. (Você precisa deixar a abobrinha bem seca)

Coloque a abobrinha em uma tigela e misture com os ingredientes restantes

Prepare uma assadeira com papel manteiga ou use uma assadeira de silicone

Faça 1/2 colher de sopa de bolinhas e alise em rodelas na assadeira. (+- 1,5 cm de espessura)

Asse por aprox. 13 minutos (até ficar crocante nas laterais)

Receita 2

Salada de grão de bico

Ingredientes

300 gramas de grão de bico cozido e coado

1 punhado de espinafre

100 gramas de queijo feta (ou outro queijo)

½ colher de sopa de suco de limão

2 colheres de chá de mel

4 colheres de sopa de azeite

1 colher de chá de cominho

1 pitada de sal

1 colher de sopa de gergelim

½ colher de chá de pimenta em pó

Nozes a gosto

Uva passas a gosto

Modo de fazer

Pique o queijo e o coloque com o espinafre e grão de bico em uma tigela grande

Misture o mel, azeite, o suco de limão e as passas em uma tigela pequena

Adicione o cominho, o sal, o gergelim, as nozes e a pimenta à tigela e misture bem

Regue a salada com o molho

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